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11/09/2015

Presidente do IMIP, Prof. Gilliatt Falbo, toma posse na Academia Pernambucana de Medicina

O presidente do IMIP, Prof. Gilliatt Falbo, é o mais novo acadêmico da Academia Pernambucana de Medicina – APM, fundada pelo Professor Fernando Figueira. Em solenidade bastante prestigiada, sua posse ocorreu ontem (10.09), às 20 horas, na APM. A partir de agora, o presidente do IMIP ocupa a cadeira número 16, ocupada pelo saudoso Perseu Lemos, cujo patrono é o Prof. Dr. Arnóbio Marques.

O mais novo acadêmico foi saudado pelo Prof. Edmundo Machado Ferraz, presidente da APM, que falou da importância do fundador do IMIP, Fernando Figueira, para a saúde pernambucana, dos desafios diante da crise atual, em particular o subfinanciamento do SUS. Ainda ressaltou as relevantes contribuições do Prof. Gilliatt Falbo para a saúde pública. “Hoje é dia de festa e de alegria na casa”, disse na abertura.

Comandada pelo vice-presidente da APM, Dr. Gentil Porto, a mesa foi composta pelo Prof. Dr. Edmundo Machado Ferraz, presidente da Academia Pernambucana de Medicina; Dra. Maria Helena Cerneiro Leão, presidente da AMPE, Dr. Sílvio Sandro Alves Rodrigues, presidente do CREMEPE; Dr. Mário Jorge Lobo, presidente do SIMEPE; Dra. Jane Lemos, representante das Associações Médicas Brasileiras; o médico acadêmico Antonio Carneiro Arnaud, e o Secretário Municipal de Saúde, Dr. Jailson Correia.

O novo integrante foi conduzido pelos acadêmicos Carlos Moraes, Cláudio Lacerda e Esther Azoubel. Em seu discurso de agradecimento, Gilliatt Falbo falou da honra em se tornar acadêmico. “Ao fazer parte desta importante instituição, ofereço os meus esforços, e o faço sem interesse subalterno, pois recebam desde já minha solidariedade incondicional e irrestrita lealdade”, afirmou o presidente do IMIP. Após o juramento, o Prof. Gilliatt Falbo recebeu de sua mãe, Sra. Maria Tereza Falbo, a sobrepeliz, enquanto os filhos Clarissa e Conrado Falbo entregaram a medalha. A esposa, Ana Falbo, fez a entrega do diploma.

O presidente do IMIP rendeu uma bela homenagem ao patrono da cadeira número 16, “o ilustre Prof. Dr. Arnobio Marques e Ocupante anterior, o não menos ilustre, Prof. Dr. Perseu de Castro Lemos”. Em sua fala, destacou ainda a crise ética, política, econômica e humanitária que vive a sociedade contemporânea. “Estamos enfermos pela ausência de fraternidade entre os povos observada pelas ondas migratórias onde hipocritamente se tenta confundir fugitivos da fome e refugiados das guerras como imigrantes ilegais”, afirmou.

Fundada em 1970, a Academia Pernambucana de Medicina tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento e o progresso da medicina e ciências afins; incentivar o aprimoramento da cultura médica em geral, da profissão, da ética, do ensino médico e particularmente da medicina social; colaborar com os poderes públicos e instituições médicas e promover e estimular a realização de congresso, jornadas, cursos, conferências e debates de interesse cultural, científico e de ensino médico-social.

Confira abaixo a íntegra do discurso do presidente do IMIP, Gilliatt Falbo:


DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PERNAMBUCANA DE MEDICINA
APM

ACADÊMICO
GILLIATT HANOIS FALBO NETO

"A princípio gostaria de agradecer aos Senhores Acadêmicos a minha escolha para fazer parte desta Academia, onde o Professor Fernando Figueira teve a honra de fundá-la, com a nobre missão de reunir os médicos que, sempre dignificaram a sua profissão com competência, dedicação, humanização, exemplos de ética e moral.

Ao fazer parte desta importante instituição, ofereço os meus esforços, e o faço sem interesse subalterno, pois recebam desde já , minha solidariedade incondicional e irrestrita lealdade. Nosso sentimento é de honra, pois a partir deste momento solene, pertencer aos quadros desta Academia, poder vos saudar, nesta noite em que passo a fazer parte da intimidade desta casa – que também é a casa de Fernando Figueira -, e que a partir deste momento também a terei como nossa.

Agradeço, ainda, ter sido escolhido para ser empossado na cadeira de número 16, cujo Patrono é o ilustre Prof. Dr. Arnobio Marques e Ocupante anterior, o não menos ilustre, Prof. Dr. Perseu de Castro Lemos, sobre os quais, oportunamente devo me referir e fazer meus agradecimentos por ter o privilégio de compartilhar com ambos os méritos de pertencer a esta egrégia confraria regida por estatutos de nobres compromissos com a saúde do nosso povo.

Permitam-me citar o colega Dr. Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, atual presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) no seu “Os desafios da medicina na América Latina” quando assevera:
“Nessa instabilidade política, destacam-se nas sociedades latino-americanas os desrespeitos e vilipêndios à dignidade humana, lastros dos Estados Democráticos de Direito. Em decorrência, os esforços envidados pela erradicação do subdesenvolvimento, da desigualdade social e da concentração de renda têm sido desperdiçados, por disputas de poder, em processos eleitoreiros e autocráticos, com maiores repercussões negativas na assistência à Saúde Pública”. As suas superações são indispensáveis à constituição de um futuro melhor, a ser construído com o protagonismo da sociedade civil organizada e ampla participação dos médicos”.

Ninguém ignora que o nosso país vive uma crise ética, política, econômica e já se inicia uma humanitária, com os cortes nos recursos da Saúde e da Educação. Percebe-se que estamos enfermos pela ausência de fraternidade entre os povos observada pelas ondas migratórias onde hipocritamente se tenta confundir fugitivos da fome e refugiados das guerras como imigrantes ilegais. A quais leis se referem? Certamente não é a Declaração Universal dos Direitos dos Humanos. O aquecimento global que escasseia a água e já coloca povos e países em conflito. A degradação e o consumo desmesurado dos recursos naturais do nosso planeta que coloca em risco a sobrevivência das futuras gerações.

A concentração de renda , cada vez maior em famílias e países torna-se um escárnio ante a situação de milhões de seres humanos que habitam continentes esquecidos como o africano por exemplo. Tudo isso para perseguir um modelo de desenvolvimento injusto, excludente, concentrador, consumista apocalíptico, suicida e sem futuro. Tudo isso precisa ser afrontado. É preciso construir uma nova consciência planetária e nós da área da saúde temos a responsabilidade de discutirmos tais questões.

Certamente os responsáveis por estas ações não seguem conselhos médicos.

Não há saída se prevalecer um individualismo egoísta e alienante. Há que se lutar pela promoção da paz e pela aplicação da justiça social. A urbanização, as condições de trabalho, o pai e a mãe fora do lar, o desajustamento profissional, o desequilíbrio entre o salário e o custo de vida, entre o poder aquisitivo e as novas necessidades condicionadas pela propaganda comercial, tudo isso consequência da sociedade consumista, provocou graves problemas de ordem político-social e médico-social. Precisamos de uma sociedade em que os bens sociais sejam mais importantes do que os bens pessoais.

A medicina dominada pela super especialização e pela tecnologia cada vez mais complexa e sofisticada persegue cegamente uma utópica imortalidade, exige então do médico, para bem exercer sua profissão, ser muito mais do que um técnico competente. O obriga a ter uma consciência ética e não se afastar do seu paciente. Ser um humanista e saber escutar com atenção aquele ser, para melhor compreende-lo dar-lhe conta de sua posição no mundo de modo a poder ajudá-lo com seus conhecimentos, experiência e sentimentos. Este é o meu juízo sobre o contexto em que hoje vivemos e que aqui registro para o por vir.

A praxe desta instituição recomenda uma referencia ao patrono e ao meu antecessor na cadeira de número 16.Refiro-me agora ao meu Patrono Prof. Dr. Alfredo Arnobio Marques, que viveu 74 anos.

Arnobio Marques, como era conhecido, nasceu em Recife, no dia 20 de fevereiro de 1866, filho de João Paulino Marques, fiscal aduaneiro amante das artes e da literatura. Neste núcleo familiar inicial teve uma formação cultural extremamente bem cuidada. Era forte o domínio intelectual francês ao final do século XIX e os irmãos Arnobio e João realizaram viagens a França complementando a sua formação, sua genitora chamava-se Maria Francisca Marques.

Arnobio diplomou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia em 10 de dezembro de 1887, cuja tese de doutoramento foi: “Fratura da tíbia complicadas de feridas e seu tratamento”. Tip. Dois Mundos, Bahia, 1887.
Veio exercer sua profissão em sua terra natal e incentivado pelo prof. Dr. Malaquias Gonçalves, seu mentor, escolheu como sua especialidade a cirurgia. Sob tais auspícios fez rápida carreira o Dr. Arnobio, e, em pouco tempo de clínica, seu nome perfilava-se ao lado do mestre, conservando a atitude de admiração de discípulo, além do mais, Dr. Arnobio Marques conseguiu, logo de início de sua clínica, colocar-se no grupo de influentes médicos pernambucanos.

No fim do século XIX, o Dr. Arnobio Marques fez parte do corpo médico do Hospital Pedro II, juntamente com o Dr. Malaquias Antonio Gonçalves, ambos como cirurgiões e foi o Dr. Arnóbio Marques que realizou, no Brasil, a primeira apendicectomia de urgência – a 1ª também, em hospital -, na sala de cirurgia do Pedro II, quando até então, a maior parte das intervenções cirúrgicas, em pessoas de determinadas classes sociais, era realizada na própria residência, posto o doente sobre a mesa de refeições, instrumental esterilizado no fogão de alvenaria da cozinha. Pelo desconhecimento das informações sobre assepsia à época.

Antes de assumir como chefe da clínica cirúrgica do Hospital Pedro II, o Dr. Arnobio Marques foi precedido, naquela função, pelo Dr. Malaquias Gonçalves. É inegável a construção por Arnobio Marques de toda uma estrutura de Escola de Farmácia médica pioneira na formação de cirurgiões em Pernambuco. Para Leduar de Assis Rocha e Clovis Sarinho a atuação profissional de Arnóbio Marques, representa para a medicina pernambucana o rompimento entre a medicina empírica e artesanal e a medicina moderna de Pasteur, Lister, Halsted e Virchow. Tudo o que viria depois teve sua influência ou foi fruto de sua arte. Ele foi também o primeiro Marques a se tornar médico, liderando uma longa lista de profissionais distribuídos em quatro gerações e três séculos. Eu mesmo tive o prazer de ter dois dos seus descendentes como preceptores durante a minha residência médica.

No início do Século XX empreendeu duas viagens de estudo na França visitando serviços de cirurgia em Paris e Lyon. E em 1901 foi vice-presidente do Primeiro Congresso Médico Pernambucano.

Os Anais da Sociedade de Medicina de Pernambuco, que circulou em 1898, tinha como um de seus redatores o Dr. Arnobio Marques.

A iniciativa de criar a Escola de Farmácia em Pernambuco, em 1902, partiu de alguns médicos e farmacêuticos que se mobilizaram no ano seguinte para a reestruturação da Sociedade de Medicina de Pernambuco, criada inicialmente em 1841. Arnobio Marques, Alcides Codeceira e Regueira Costa foram os que mais se destacaram nos esforços para implantação da Escola de Farmácia, a primeira instituição de ensino superior da área de saúde em Pernambuco.

Foi autor, em 1903, do primeiro trabalho científico publicado em revista estrangeira no domínio da Angiologia e Cirurgia Vascular, publicado na Press Médicale (França) sobre o “Tratamento Cirúrgico das Elefantíases de Bolsa Escrotal.
Na qualidade de primeiro Diretor da Faculdade de Farmácia, coube ao Dr. Arnobio Marques, no dia 10 de maio de 1903, a honra de proferir o discurso de inauguração da Escola de Farmácia.

Exerceu, também, as funções de Secretário de Educação do Estado de Pernambuco no governo de Manoel Antonio Pereira Borges que governou de 1915 a 1919.

O Prof. Dr. Alfredo Arnobio Marques permaneceu como Diretor da Faculdade de Farmácia no período de 1902 a 1905.
Em 27 de abril de 1931 foi deferido pela Congregação da Faculdade de Medicina seu pedido de aposentadoria. Em 1940 veio a falecer. Foi o Dr. Barros Lima que escolheu o Dr. Arnobio Marques como Patrono, para a Cadeira de Número 16 da Academia Pernambucana de Medicina (APM).

Em relação ao último Acadêmico a ter assento na Cadeira 16 desta casa, presto minhas homenagens ao eminente Prof. Dr. Perseu de Castro Lemos, considerado um precursor da cirurgia plástica Pernambucana e Brasileira.

Dr. Perseu Lemos nasceu na cidade de Vitória de Santo Antão em Pernambuco. Em 1942, foi aprovado em 2º lugar no vestibular da Faculdade de Medicina do Recife. Em 1947 conclui o curso médico e foi além de laureado o orador de sua turma. Fez estágio na Santa Casa em São Paulo tendo como orientador o Prof. Rebello Neto considerado o pai da Cirurgia Plástica Brasileira. Em 1955 criou sua clínica especializada em Cirurgia Plástica no Recife.

Trocou várias experiências com o Dr. Ivo Pitanguy com quem teve uma grande relação de amizade e com quem muito aprendeu e aprimorou seus conhecimentos. Dr. Perseu Lemos foi o primeiro especialista em Cirurgia Plástica em Pernambuco e participou da criação do serviço da especialidade na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1970.

Defendeu a primeira tese de sua especialidade em Pernambuco, intitulada “Enxertos de Pele” e deixou para a Cirurgia Plástica importantes contribuições : Pesquisas científicas, Técnicas cirúrgicas e idealizou vários instrumentos cirúrgicos.

Tudo isso publicado em dezenas de artigos em revistas médicas nacionais e internacionais.

Na década de 60 Dr. Perseu Lemos estimulou outros cirurgiões a se dedicarem a Cirurgia Plástica. Em 1965, após a criação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Dr. Perseu assume como presidente, o Departamento Pernambucano da Sociedade de Cirurgia Plástica e Reconstrutora do Brasil.

Em um evento histórico em Atlanta – EUA em 1970 se tornou um dos doze fundadores da International Societyof Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS).

Em 1971 esteve em Saigon, capital do Vietnã do Sul, durante a guerra, para ministrar cursos médicos na área de cirurgias plástica para atender as vítimas daquela guerra, a convite do “Children’s Medical Internacional”.

Foi ainda Perseu Lemos membro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores. Produziu cinco livros:

• O Segundo Quadrante (contos);
• José de Castro Um Pintor (biografia);
• Pernambuco no Virar do Século XX (sobre arte);
• Foi Assim (contos) e
• Pelos Caminhos da Cirurgia Plástica.

Em 2013 Dr. Perseu Lemos publica o livro “Confissões de um cirurgião plástico”, onde relata histórias vividas em 53 anos na profissão. Nessa sua publicação o autor nos informa o desenvolvimento da cirurgia plástica no estado de Pernambuco, contrapondo com história da profissão no país. Na obra, são identificados, a partir de memórias e reflexão, o avanço e entraves da prática na especialidade.

O Dr. Moisés Wolfenson um de seus discípulos falando postumamente sobre seu mestre nos diz:
“Muitos membros da nossa Sociedade gostariam de ter se agregado a todos os presentes que na cerimônia fúnebre queriam prestar sua admiração e reconhecimento àquele que quando a cirurgia plástica pernambucana era tão somente um caderno repleto de páginas brancas tomou sobre seus ombros a tarefa de preenchê-lo”.

Senhores e Senhoras aqui presentes, permitam-me agora fazer um agradecimento especial ao Professor Edmundo Ferraz, que com suas nobres palavras me saudou. Com adjetivos certamente inflados pela amizade. Este meu pronunciamento de posse foi realizado sem conhecimento do contexto das palavras ditas em minha saudação, todavia quero declarar a admiração que há muito, que tenho por sua pessoa. Tive durante a residência, avaliado por ele, o primeiro trabalho científico que publiquei. Acompanho sua vida profissional, desde que me tornei médico há 36 anos.

Devo afirmar que me sinto extremamente honrado por ter sido convidado e saudado pelo eminente Presidente desta casa. O qual, como Fernando Figueira, fundador desta Academia e que também a presidiu, segue caminhos que tem levado os ideais desta Academia há transporem os seus muros.

E por falar em Fernando Figueira, na qualidade de novo acadêmico, tenho a obrigação de me referir ao Fundador desta Casa, em primeiro lugar, repetindo parte do discurso que pronunciei durante a comemoração dos 55 anos de fundação do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), do qual foi igualmente, fundador. Naquela oportunidade eu disse:
Cheguei ao Imip em dia de “Festa no Mar”, 2 de fevereiro de 1982. Tive então o meu primeiro encontro com o Prof. Fernando Figueira, que tinha o hábito de entrevistar pessoalmente todos os médicos que iniciavam suas atividades na instituição.
Cinqüenta e cinco anos se passaram na história do IMIP fundado por ele e que hoje tenho a honra de presidir. Convivi com o Professor Figueira por vinte e um anos, Era, um homem justo e de ambições generosas. Muitas vezes, abdicou do convívio familiar para trabalhar e construir o Imip. Pela causa da criança pobre nordestina... Uma opção difícil, sofrida e nobre!
Nos anos sessenta se iniciou o sonho do Imip. Com o apoio de alguns e a mesmo com a descrença de muitos, a obra vingou! Continua hoje, como sempre esteve desde o inicio, pelo desejo do seu fundador “Sempre ao lado dos oprimidos por um mundo melhor”.

Ele continua inspirando nossas atitudes e comportamentos pelo seu exemplo.

Permitam-me aqui citar as palavras de outro grande exemplo de médico e cirurgião o professor Salomão Kelner:
“A história da Academia Pernambucana de Medicina – APM é um episódio de obstinação e respeito à memória médica de Pernambuco. Tem a marca do idealismo e da tenacidade do seu fundador, Prof. Fernando Figueira”.

Ainda sobre a Academia gostaríamos de reverenciar emocionadamente ao Prof Dr. Bertoldo Kruse Grande de Arruda, o único fundador desta casa aqui entre nós.

A monografia que preparei para me habilitar a concorrer a uma cadeira nesta casa, descreve o planejamento de mais um grande legado que Fernando Figueira deixou para a saúde do nosso estado e região depois do IMIP.

Falo da Faculdade Pernambucana de Saúde. Instituição jovem que recentemente completou 10 anos de autorização pelo MEC. No entanto sempre existiu na cabeça, no sonho e nos planos de Fernando Figueira. Iniciou suas ações para a construção da FPS em 1990 há 25 anos atrás.

Angustiado com a formação dos nossos estudantes de medicina principalmente no aspecto ético, humanístico e cultural. Todos conhecem sua afirmação. “O médico que só sabe medicina sabe muito pouco.”

Um planejamento paciente e apurado. Preocupado com a formação do futuro corpo docente. Com um currículo dinâmico , baseado nos problemas da comunidade e com bases filosóficas fincadas na ética e no humanismo, na compreensão de um ciclo de vida saudável e na competência científica e na investigação para tratar os agravos.

Preocupava-se também em utilizar metodologias inovadoras de ensino aprendizagem e nos instou a viajar e conhecer as mais avançadas experiências educacionais em saúde nos estados unidos e na Europa, o que fazemos ate hoje regularmente.
Hoje a FPS tem cursos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia, Nutrição e Psicologia.

Nestes dez anos a FPS já formou 1233 profissionais de saúde, dentre estes 515 médicos, além de 40 mestres em educação para profissionais de saúde. Trabalhamos com afinco para que estes profissionais tenham apreendido mais com exemplos e atitudes dos bons médicos que o orientaram que do que apenas nas informações que se pode obter nos bons livros de medicina.

Senhoras e Senhores, minhas derradeiras palavras são de agradecimento presença amiga e afetuosa de todos e a promessa que como Pai, médico e Professor; seguirei tentando sempre ser um bom exemplo.
Boa noite , Muito grato a todos.."




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